“E se um dia eu faltar”? Essa é a principal questão que deve passar na cabeça de quem avalia contratar um seguro de vida. Proteger financeiramente quem ama caso aconteça um imprevisto (formando uma reserva para tranquilizar e amparar seus dependentes) é o principal objetivo desse tipo de proteção. Mas o surgimento do seguro de vida resgatável deu novos contornos para esse produto.
Isso porque a grande dificuldade das seguradoras que trabalham com seguro de vida no Brasil, historicamente, sempre foi ter que driblar um dos maiores tabus nacionais: a morte. Com o passar dos anos, entretanto, o maior esclarecimento da população abriu as portas para o crescimento da procura por seguros de vida.
Novos produtos foram então desenvolvidos para preencher as necessidades do brasileiro, dentre eles, o seguro vida resgatável, que se tornou um dos mais bem-sucedidos do segmento.
Hoje você vai entender por que esse seguro, que mistura proteção financeira à família e poupança para usufruto ainda em vida, se transformou em uma verdadeira febre no Brasil! Confira!
O que é o seguro de vida resgatável?
Quem torce o nariz para contratar um seguro de vida justamente por não vislumbrar a utilização do dinheiro em vida, certamente terá nesse seguro uma opção bastante atraente. Esse tipo de produto, além de possuir as coberturas tradicionais de um seguro de vida comum, oferece também a chance do segurado recuperar o valor investido (ou parte dele) devidamente corrigido, caso haja necessidade. Como funciona isso?
O caráter híbrido do seguro de vida resgatável faz desse produto uma mescla entre poupança e proteção financeira aos familiares. Dessa forma, o seguro prevê normalmente a indenização ao segurado (em caso de invalidez ou até doença grave) ou aos beneficiários (em caso de morte do segurado). Mas vai além disso.
Em paralelo, a apólice prevê também o acionamento à seguradora, após um período de carência, para resgatar parte da reserva acumulada antes do falecimento do segurado (ou, a depender do plano, do valor integral aplicado). Ou seja, nessa modalidade, o dinheiro não necessariamente vai direto para os beneficiários.
Muitas famílias não se agradavam do mecanismo de funcionamento do seguro de vida, uma vez que se tratava de um bem intangível, que só seria usufruído em caso de tragédia familiar. Contudo, a possibilidade de ter um ativo ambivalente (seguro de vida + investimento), explica a alta procura desse produto, que ainda é recente no país.
De acordo com o superintendente de Marketing da Mongeral, Leonardo Lourenço,
“o crescimento médio anual do seguro de vida resgatável, entre 2012 e 2015, foi de 72,4%, o que significa que as pessoas estão vendo esse serviço com mais atenção. A questão do produto formar uma espécie de poupança, que pode ser resgatada depois de um tempo, também contribui para dar uma tranquilidade maior para o cliente.”
Como funciona um seguro vida resgatável
Existem dois tipos de seguro vida nesses moldes. No primeiro, o prazo para o recebimento do capital segurado é bastante claro: há um prazo de validade, ao final do qual o cliente recebe os recursos; perde, no entanto, a proteção.
No segundo, a proteção é vitalícia e é o cliente que diz quando quer resgatar os recursos. Quando isso ocorrer, ele cancela a apólice e solicita o capital. Se não o fizer, o seguro continuará valendo, como um seguro de vida tradicional.
Vale a pena destacar que cada seguradora possui suas especificidades com relação às condições do seguro. Há algumas que, inclusive, preveem o resgate de parte do capital segurado em caso de acometimento de doenças graves, como câncer. Neste caso, o percentual de resgate em vida e o de manutenção para uso dos beneficiários variam de empresa para empresa.
De todo modo, um dos elementos em comum no segmento é a carência para resgate: 24 meses. Outra questão uniforme é que, ao longo dos anos, o capital segurado vai sendo corrigido com juros, observado também a inflação do período. As alíquotas devem ser conferidas nas condições gerais do seguro.
Por fim, outra virtude interessante do seguro vida resgatável é que ele permite que o segurado faça a divisão exata da proporção do capital que será destinado a cada beneficiário. Além disso, esse tipo de plano pode ser contratado por quem já tem um seguro de vida tradicional ou um plano de previdência privada.
A propósito, vamos dar uma olhada nas diferenças entre esse seguro e os outros dois produtos citados acima?
Diferenças entre seguro de vida resgatável e seguro de vida tradicional
Além da possibilidade do resgate em vida, uma das principais particularidades do seguro de vida resgatável é a manutenção do prêmio (prestação mensal), mesmo com o aumento da idade. Por esse motivo, é natural que essa mensalidade comece em patamares mais altos do que os seguros de vida tradicionais. A diferença entre os valores, entretanto, vai sendo reduzida, gradativamente, ao longo do tempo de contribuição.
O capital segurado é corrigido monetariamente pelo IPCA (Índice Nacional de Preços Amplos ao Consumidor, referencial que mede a inflação no país) e pode ter demais taxas de rentabilidade a cargo da administração da instituição financeira responsável.
Um seguro de vida tradicional é mais indicado a famílias que possuem pouco patrimônio formado e em que, caso houvesse uma fatalidade com o provedor, a família seria desestruturada financeiramente.
Por outro lado, um seguro de vida resgatável é recomendado a famílias que já possuem um patrimônio (ou a perspectiva de construção dele), características que, em tese, diminuiriam a dependência de um seguro de vida tradicional. Isso abriria margem para ter uma apólice híbrida, que permitisse o resgate em algum momento de necessidade.
Diferenças entre seguro vida resgatável e previdência privada
Cada um cumpre uma finalidade diferente. A previdência privada é a solução financeira ideal para quem procura fazer um investimento de longo prazo e deseja ter uma renda mensal, na terceira idade, para complementar a aposentadoria do INSS. É oferecida em duas modalidades:
- PGBL (Plano Gerador Benefício Livre): permite abater da base de cálculo do IRPF os aportes realizados ao plano, até o limite de 12% da renda bruta tributável. A desvantagem é que a tributação é feita sobre o total do capital aplicado;
- VGBL (Vida Gerador Benefício Livre): não permite o abatimento citado acima. Entretanto, sua maior vantagem é que a tributação, quando ocorrer, será aplicada apenas sobre os rendimentos do plano e não sobre o total do capital.
Um plano de previdência privada servirá para complementar a aposentadoria paga pelo Estado ou até mesmo para permitir o acúmulo de capital para financiar uma viagem, estudos, abertura do próprio negócio ou qualquer outro projeto pessoal (uma vez que é possível receber o capital de uma única vez ou por meio de prestação mensal).
Já o seguro de vida resgatável combina a proteção de um seguro de vida com a capacidade de formação de uma reserva — por meio do pagamento mensal dos prêmios — que ajuda no planejamento financeiro familiar, pois protege a renda da família e permite que, diante de um imprevisto financeiro, o montante seja retirado (respeitando a carência de 24 meses após a contratação).
O objetivo aqui não é mais o recebimento de uma aposentadoria complementar, mas sim, primordialmente, ter sua família financeiramente protegida em caso de falecimento do segurado. Todavia, o aprimoramento do produto originou a modalidade resgatável, em que é possível receber o capital em vida (em caso de imprevistos como desemprego, doenças, etc.).
Embora o foco seja outro, ambos são produtos de proteção para o futuro extremamente importantes. Exatamente por isso, não é incomum encontrar quem tenha os dois em seu portfólio.
É preciso viver seguro
Seguro de vida resgatável ou tradicional? Seja qual for sua opção, o que não é possível é continuar vivendo sem um seguro dessa natureza. Afinal, se você não abre mão de contratar um seguro auto para seu veículo, por que ignorar a proteção de sua própria vida? O que é realmente importante para você?
Nessa seara, vamos lembrar que não queremos nem pensar em deixar nosso veículo (que custa R$ 40 mil, R$ 50 mil ou até R$ 100 mil) sem a proteção de um seguro automotivo. Para isso, pagamos, em média, R$ 2 mil por mês, correto?
A pergunta inevitável, entretanto, é: seu seguro auto custa R$ 2 mil? Vale a pena? Então quanto deveria custar um seguro que evite que seus filhos, sua esposa ou os demais entes queridos fiquem desamparados financeiramente, caso um dia você não possa estar mais com eles?
E o que dizer de um seguro que combine essa proteção com uma poupança resgatável, para que você possa utilizar em qualquer um dos contratempos da vida? Curioso é verificar que esse tipo de produto pode ser encontrado por bem menos do que R$ 100,00 mensais. Vale a pena refletir sobre isso.
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