SÃO PAULO – Você já pensou em quanto gastaria para recompor sua casa após um incêndio, alagamento ou roubo? Consegue estimar quanto tempo levaria para comprar novamente todos os pertences perdidos? Se as suas respostas foram “não”, já está mais do que na hora de avaliar a contratação de um seguro residencial.
Afinal, ninguém quer perder de uma hora para outra o patrimônio que batalhou para construir. Se não dá para prever um sinistro, pelo menos dá para evitar o prejuízo. apenas a imóveis de pessoa física, seja habitual ou de veraneio, o seguro residencial inclui diversas coberturas em um contrato.
Para indicar a você as melhores opções, levamosem consideração seis , em 13 seguradoras diferentes. Ao total, analisamos 234 apólices, com base nas coberturas solicitadas na simulação: somente prédio, conteúdo, prédio e conteúdo.
Após essa minuciosa análise, concluímos que as coberturas das apólices estão longe do ideal. Mas, ainda assim, acreditamos que a contratação de um seguro residencial e seu custo valem muito a pena. Por R$ 645 anuais, é possível segurar um apartamento de alvenaria e seus pertences, em um bairro classe média do Rio de Janeiro, por exemplo
Apenas três não cobram franquia
A primeira cobertura que obrigatoriamente deve ser contratada é a IRE, que garante reembolso para os prejuízos por incêndios, queda de raios e explosão por gás de uso doméstico.
As consequências e despesas com esses sinistros também estão inclusas. Bradesco, Caixa e Porto Seguro tiveram a melhor avaliação, pois não cobraram franquia – a parte no prejuízo que cabe a você –, nem têm limite mínimo de indenização. Portanto, as despesas, mesmo que pequenas, serão cobertas.
O próximo passo é incluir na sua apólice as coberturas adequadas às suas necessidades. Ao fazer a cotação, nem sempre é tarefa fácil incluir a proteção contra alagamentos, embora algumas empresas a ofertem. Prova disso é que apenas Bradesco e Mapfre, entre as 13 avaliadas, incluíram esse item nos contratos, mesmo após nosso pedido. A primeira, porém, exige o pagamento de franquia e determina um valor mínimo de indenização.
Consideramos isso uma falha das seguradoras, já que, em algumas regiões do Brasil, os alagamentos são frequentes após tempestades.
Quando contratada, ela garante a indenização por perdas ou danos materiais por inundação, chuvas, transbordamento de represas, entre outros. Por isso, caso seu imóvel seja vulnerável a alagamentos, insista com a seguradora para incluir essa cobertura ou procure outra que faça isso.
Quem possui residência de veraneio deve ter atenção redobrada na contratação, pois algumas seguradoras não cobrem prejuízos contra furto qualificado (quando o ladrão deixa vestígios) e roubo (quando há violência), fundamentais para imóveis desse tipo, que ficam vazios boa parte do ano. A melhor nesse critério foi a Bradesco, pois não cobra franquia, nem um valor mínimo de indenização.
Se você quiser proteger sua casa contra vendavais e granizo, verá que a maioria das companhias cobre um valor baixo de prejuízos contra esses fenômenos, tanto é que a maioria foi considerada “aceitável” ou “fraca”.
Se a sua intenção também for evitar prejuízos por desmoronamento (queda de marquises, telhas, revestimentos, etc.), a Zurich Minas pode ser uma boa opção, pois foi a melhor nesse critério.
Cobertura garante perdas do aluguel
Quem tem um imóvel e o aluga deve ainda avaliar a cobertura de privação temporária. Ela garante as perdas que você teria, caso não possa alugá-lo por problemas hidráulicos ou estruturais, por exemplo. Mas, se você residir no imóvel, a apólice irá cobrir o aluguel, caso você precise mudar de residência temporariamente. A maioria das seguradoras avaliadas cobre, no máximo, seis meses de aluguel, um período que consideramos razoável.
Outra cobertura que deve ser considerada é a de responsabilidade civil familiar, que cobre danos causados por moradores de sua casa a terceiros. Seu filho quebrou o vidro do vizinho enquanto jogava futebol? Se você tiver essa proteção, os prejuízos do morador próximo serão pagos pela seguradora. As 13 empresas oferecem essa cobertura e, por isso, foram bem avaliadas.
Mas tão importante quanto as coberturas são as exclusões, ou seja, tudo aquilo que não é coberto pela seguradora e que nem sempre fica claro no contrato. Embora algumas empresas permitam ao consumidor contratar as coberturas excluídas como adicionais, a maioria foi ruim, pois não cobre prejuízos por tumultos, alagamentos, nem fenômenos da natureza.
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